Oftalmologia - Perguntas respondidas
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Colírios que 'clareiam' os olhos são vasoconstritores (reduzem o diâmetro das artérias), escondendo momentaneamente a vermelhidão. Mas o uso repetitivo de vasoconstritores AGRAVA o problema. É preciso identificar a CAUSA da vermelhidão, o que se faz em CONSULTA OFTALMOLÓGICA consciente.
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Vomitar, tossir, espirrar e esforços físicos elevam a pressão arterial na cabeça. Havendo fragilidade das artérias/veias, pode haver ruptura com hemorragia. No seu caso felizmente ocorreu na parte externa do olho, onde não causará danos apreciáveis.
Importante é lembrar que a mesma fragilidade dos vasos oculares está ocorrendo em OUTROS vasos, como do cérebro e coração, predispondo a AVC e infarto!
É então importante FORTALECER seus vasos, e VITAMINA C, tomada regularmente (após todas as refeições), cumpre este papel.
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Sentir os olhos coçando e soltando muita água é um sintoma comum, geralmente relacionado a irritações, alergias ou até infecções oculares. Veja abaixo as causas mais frequentes e o que você pode fazer:
 
Principais causas
Alergias: Poeira, pólen, pelos de animais, maquiagem, cosméticos e produtos químicos podem desencadear reações alérgicas, levando à coceira intensa e lacrimejamento.
 
Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva, causada por vírus, bactérias ou alergias, provoca coceira, vermelhidão e olhos lacrimejando.
 
Olho seco: Apesar do nome, pode causar lacrimejamento reflexo, pois o olho tenta compensar a secura produzindo mais lágrimas.
 
Irritantes ambientais: Fumaça, vento, poluição e perfumes podem irritar a superfície ocular.
 
Problemas nas pálpebras: Alterações como entrópio (pálpebra virada para dentro) ou ectrópio (virada para fora) afetam a drenagem das lágrimas.
 
Uso excessivo de telas: Reduz o piscar dos olhos, causando ressecamento e coceira.
 
O que fazer em casa
Evite coçar os olhos: Esfregar pode agravar a irritação e aumentar o risco de infecções ou lesões na córnea.
 
Lave os olhos com água filtrada: Ajuda a remover agentes irritantes superficiais.
 
Use compressas frias ou mornas: Aliviam a coceira e o desconforto. Compressas frias são indicadas para alergias; mornas, para obstrução dos ductos lacrimais.
 
Colírios lubrificantes: Podem ser usados para aliviar sintomas de olho seco, mas sempre com orientação médica.
 
Higiene palpebral: Lave as pálpebras e cílios diariamente para evitar acúmulo de resíduos.
 
Evite maquiagem, lentes de contato e colírios sem prescrição: Podem piorar a irritação ou desencadear alergias.
 
Use óculos de sol: Protege contra vento, poeira e poluentes.
 
Mantenha o ambiente úmido: Umidificadores ou recipientes com água ajudam a evitar o ressecamento dos olhos.
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Quando uma criança tem uma "bolinha em cima dos cílios" persistente há mais de 3 meses, é muito provável que se trate de um calázio crônico ou, menos comumente, de um hordéolo (terçol) persistente ou até de outra lesão palpebral.
Principais possibilidades:
1. Calázio
É o mais provável no caso do seu filho.
É uma inflamação crônica de uma glândula de Meibômio (localizada nas pálpebras).
Aparece como uma bolinha indolor, firme, que pode durar meses.
Pode ocorrer após um hordéolo mal resolvido.
Costuma ser indolor e não vermelha, ao contrário do hordéolo.
2. Hordéolo (Terçol)
É uma infecção aguda de uma glândula sebácea ou dos cílios.
Causa dor, vermelhidão e inchaço, mas normalmente regride em poucos dias.
Se durar tanto tempo, é improvável que seja um hordéolo simples, pode ter se tornado um calázio.
3. Outras causas mais raras
Papilomas, cistos de inclusão, ou lesões mais incomuns em crianças.
Essas devem ser consideradas se a bolinha tiver crescimento progressivo ou aspecto incomum.
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O que fazer:
Levar a um oftalmopediatra: fundamental, especialmente por ser algo persistente.
Ele pode examinar detalhadamente com instrumentos adequados e definir o diagnóstico.
Se for mesmo um calázio:
Compressas mornas 2 a 3 vezes ao dia por 5 a 10 minutos podem ajudar, embora após 3 meses o efeito seja limitado.
Pomadas oftálmicas com antibiótico e corticoide podem ser indicadas, mas somente sob prescrição médica.
Em casos que não melhoram, pode ser necessário procedimento cirúrgico ambulatorial para drenagem.