Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Idealmente, a maioria das consultas deve demorar o necessário para que se possa entender todos os sintomas e estabelecer um diagnóstico e uma proposta de tratamento (primeira consulta) e, em seguida, nas consultas seguintes, saber como o paciente está evoluindo e adotar as condutas pertinentes. Assim, frequentemente é necessário um atendimento de uma hora (às vezes mais). Infelizmente, seja por atitudes inadequadas de alguns médicos, seja pelas limitações impostas pelo serviço público ou pelos convênios, os atendimentos duram muito pouco. No serviço público e nos convênios, por vezes há uma demanda tão grande, que o tempo de consulta acaba sendo reduzido. Quanto a acertar a medicação, mesmo com consultas demoradas não é possível garantir o acerto. Mas, logicamente, uma boa formação, dedicação e tempo suficiente para atender os pacientes ajudam a acertar o diagnóstico e o tratamento. É normal, entretanto, que o psiquiatra precise mudar a conduta algumas vezes, ao longo do tratamento. Também, muitos tratamentos começam a ter efeito apenas após algumas semanas e efeito completo apenas após alguns meses.
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Existem alguns antidepressivos que não afetam a libido: no Brasil, temos a bupropiona, a mirtazapina, a agomelatina e a trazodona. A questão é que eles têm perfis diferentes e nem todos são eficazes para os mesmos casos, além de possuírem efeitos colaterais próprios como, por exemplo, sonolência com a mirtazapina e a trazodona, aumento do apetite com a mirtazapina, eventual insônia com a bupropiona (que, também, não costuma melhorar a ansiedade, ao contrário da maioria dos antidepressivos). A agomelatina, por sua vez, têm muito menos estudos comprovando a eficácia e não é usada como medicação de primeira linha. Não se deve esquecer, entretanto, que é possível, por vezes, fazer combinações de antidepressivos, de modo a usar o menos possível daqueles que comprometem a libido, além de haver tratamentos (indicados em alguns casos) que não interferem, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a eletroconvulsoterapia (ECT) e a estimulação magnética transcraniana (EMT). Além disso, em alguns casos, com o tempo de uso, o efeito de diminuir a libido melhora e, finalmente, em algumas situações, em que a pessoa esteja estabilizada inteiramente e há bastante tempo, A CRITÉRIO MÉDICO, é possível em alguns dias diminuir ou mesmo suspender o uso do antidepressivo, de modo a ter relações sexuais mais prazerosas (mas, JAMAIS faça isto por conta própria).
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Espero que sua libido já tenha melhorado, mas realmente é chato ficar sem o sexo pois ele ajuda em descarregar as tensões e estresses da semana e da própria doença. Por isso, é importante fazer com uma certa frequência de preferência 3 vezes na semana. Sobre medicamentos tem vários como a bupropiona, venlafaxina, desvenlafaxina e mirtazapina são os que menos causam prejuízo na libido. Desses aí, a bupropiona até aumenta a libido. Converse com seu Psiquiatra que ele vai saber o melhor pra você, baseado nos seus sintomas. Forte abraço e saúde na cabeça.
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A sertralina, sobretudo no início do tratamento, pode levar a dores de cabeça que, geralmente, podem ser controladas com medicações habituais para cefaleias (a critério médico). Entretanto, dores de cabeça podem ter muitas causas, de modo que é importante você consultar seu médico, porque daqui, à distância, não é possível saber qual a verdadeira causa de suas dores e, portanto, qual seria o melhor tratamento.
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Procure um bom pediatra primeiramente. Se necessário ele irá te encaminhar para o especialista. Quanto antes souber e iniciar o tratamento, melhor para o desenvolvimento de seu filho, se realmente for autismo. Mas... pode não ser... Só um profissional colhendo história e examinando poderá orientar o que fazer.
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Olá, tudo bem. Se você acredita que tem um filho autista, a melhor maneira de você saber se ele é realmente um autista é:
Anote todas as diferenças que você nota nele, peça a escola para observar seu filho por meses e emitir um relato das observações, faça um histórico do seu filho desde o nascimento até os dias atuais. Depois de tudo pronto, procure um psiquiatra infantil. Assim você vai realmente saber se seu filho é autista. Valeu e saúde na cabeça.
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Os pacientes que convivem com o TAG podem apresentar uma gama de sintomas tais como taquicardia, náusea, diarreia, tremores, formigamento em regiões corporais, sudorese, insônia, aumento ou perda de apetite entre outros.
Chorar, especificamente, sem associação a algum fator causador de ansiedade ou alguma situação de vida que lhe deixou triste, pode representar um sintoma a ser melhor investigado pelo seu psiquiatra. Talvez uma mudança nas suas medicações se fará necessário neste momento. -
O TAG se caracteriza por preocupações excessivas e desproporcionais relacionadas a pelo menos duas áreas da vida da pessoa, associado a sintomas corporais como tensão, dificuldades de concentração, dificuldades de sono e, eventualmente, tremores, palpitações. Pode ocorrer, em picos, eventualmente, aumento do trânsito intestinal. Algumas medicações usadas para ansiedade também podem, eventualmente, ter este efeito colateral. Chorar não é algo que seja habitual, quando se pensa num diagnóstico exclusivo de TAG. Entretanto, não é impossível que certas situações e pensamentos relacionados a ansiedade desencadeiem choro. Assim, o ideal é você voltar ao psiquiatra e perguntar a ele. Choro pode ser tanto o início de um quadro depressivo, quanto estar relacionado à ansiedade (como expliquei, acima) ou ser mesmo uma reação totalmente normal a algumas situações da vida.




