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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Minha esposa está em depressão há mais de 3 anos. Mais ou menos dois anos ela toma remédios, mas não melhora. Acho a condição dela grave, pois pensa em morrer. O que faço?
  • Não é tão raro se ver pessoas com depressão, em tratamento, e que não melhoram ou que apenas passam algumas fases melhor, para, depois, piorar novamente. As causas mais frequentes para que isto ocorra são as seguintes:

    1) a pessoa tem um quadro de depressão resistente ao tratamento - algumas pessoas, por mais que se tente os vários tratamentos existentes, continuam deprimidas e nunca ficam totalmente bem; isto é bastante raro, dada a multiplicidade de tratamentos existentes: vários tipos de antidepressivos e combinações de antidepressivos; eletroconvulsoterapia; adição, aos antidepressivos, de medicações potencializadoras como estabilizadores do humor, antipsicóticos, hormônios, anfetaminoides; associação de estimulação magnética; associação de terapia cognitiva; em casos raríssimos psicocirurgia; ou seja, há muitas opções, de modo que a imensa maioria das pessoas fica controlada ou, pelo menos, melhora bastante.

    2) o tratamento não foi correto - há pessoas que não têm paciência para aguardar resultados e logo pressionam o médico para mudar suas medicações; frequentemente mudam de médico e, os novos médicos não levam em conta o que foi feito (ou não foi feito) e iniciam um tratamento com outra medicação; a consequência é que, frequentemente encontramos pessoas que usaram um grande número de medicações, porém as doses nunca foram suficientes e a duração do uso também não. Explicando melhor: todos os remédios possuem doses mínimas (como, por exemplo, 20 mg de fluoxetina ou 50 mg de sertralina ou 100 mg de imipramina), abaixo das quais é altamente improvável que haja melhora; quase todas as medicações possuem, também, doses máximas (como 80 mg de fluoxetina, por exemplo), acima das quais não vale a pena chegar, pois o efeito não aumenta - isto é, se não houve uma melhora considerável com 80 mg de fluoxetina, não se deve aumentar, pois doses maiores não são mais eficazes. Como exposto acima, existem vários tipos de tratamentos antidepressivos e associações e, muitas vezes, médicos mais inexperientes não conhecem todas as possibilidades. Além do que, há períodos mínimos e máximos pelos quais se deve usar cada medicação. Se o período for muito curto, não dá para saber se o remédio teria efeito se a pessoa continuasse tomando por mais tempo, pois a maioria dos efeitos demora até algumas semanas para se fazer sentir. Se o período for longo demais, está se perdendo tempo, pois a medicação não mostrou sua utilidade. NÃO existe uma regra rígida mas, aproximadamente, nenhuma dose de medicação deve ser usada por menos de 2 a 3 semanas ou por mais de 2 meses.

    Na minha prática de mais de 27 anos, a maioria das pessoas cai na última categoria: por insistência própria ou por inexperiência dos médicos, usaram vários tipos de medicação, porém em dose ou por tempo insuficiente.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Procure um psiquiatra com urgência. Outra opção seria buscar ajuda de um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou avaliação em Pronto Socorro para ver a necessidade de internação hospitalar.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Não sei como formular a pergunta, mas o meu marido se sente no limite, muito estressado, cansado, não consegue mais se satisfazer com alguma coisa, estava em uma função e sempre dizia que não aguentava mais, mudou mas continua a mesma insatisfação.
  • Várias podem ser as causas deste problema. Por exemplo:

     

    1) É possível que ele precise apenas de uma reorientação em seus objetivos e estilo de vida. Numa psicoterapia, pode-se discutir vários aspectos, tais como: quais são as metas de uma pessoa, como atingi-las; se há outras metas alternativas, que exijam menos esforço e causem menos estresse; como aliviar o estresse excessivo; se há, fora o profissional, outros fatores que estejam sobrecarregando a pessoa.

     

    2) Pode ser um caso de depressão, quadro no qual a pessoa se sente profundamente triste e/ou desanimada, tudo lhe parece excessivamente cansativo e sem graça; aquilo que normalmente lhe dava prazer não mais lhe traz satisfação; há, frequentemente, alterações de sono (excesso ou insônia), diminuição do desejo sexual, alterações de apetite (excesso ou, mais comumente, falta). Frequentemente a pessoa é assolada por ideias tristes e pessimismo. Nestes casos, costuma haver necessidade do uso de medicações antidepressivas para controlar o problema.

     

    Ele precisa de uma avaliação psiquiátrica, para fazer o diagnóstico exato e verificar as alternativas de tratamento.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Parece um quadro de Estresse, Burn Out ou Depressão. Peça para ele buscar ajuda de um profissional, psicólogo ou psiquiatra.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Preciso de ajuda, pois desde criança tenho dificuldade de aprender, não consigo prestar atenção em nada, é uma carga muito pesada. Fui hiperativo e hoje sou muito calmo, pensei que com o passar do tempo a calma ia chegar e a atenção iria aparecer.
  • Como o próprio nome diz, o transtorno de déficit de atenção-hiperatividade (TDAH) tem dois componentes, o de desatenção e o de hiperatividade. Com certa frequência, o componente mais hiperativo melhora com a idade, mas o de desatenção permanece. Além disto, há pessoas que têm sintomas do transtorno, mas não têm o transtorno completo.

     

    Você deve procurar um psiquiatra que tenha experiência em TDAH para avaliá-lo, verificar se tem o diagnóstico completo ou somente alguns sintomas e tratá-lo de acordo.

     

    Os resultados costumam ser bastante bons, inclusive, especialmente em relação ao componente atencional.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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  • Parece um quadro de TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), procure um psiquiatra para melhor avaliação. Um teste neuropsicológico também pode ajudar a quantificar o déficit de atenção.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Tenho uma ansiedade sem controle, nervosismo ao extremo, vontade de quebrar tudo, acordo várias vezes à noite, pensamentos suicidas, choro incontrolável, pessismista, nada vai dar certo. Meus filhos têm medo de mim quando estou nervoso, escitalopram.
  • Pela sua descrição, parece que você está com um quadro depressivo, com componentes ansiosos e, talvez, comportamentos impulsivos.

     

    Não fica claro se você quis dizer que está tomando escitalopram. Se estiver, vale dizer que ele é um remédio antidepressivo e costuma melhorar, também, a ansiedade.

     

    De resto, talvez pudesse reformular a pergunta e ser mais detalhado para que possa respondê-la melhor.

     

    Sobretudo, nunca esqueça de esclarecer tudo com seu psiquiatra, que é o médico que melhor conhece seus problemas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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  • Parece um quadro depressivo-ansioso. Sugiro passar em consulta psiquiátrica, ver se o escitalopram está te deixando mais irritado, avaliar troca ou associação de outras medicações.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Estou com problema de pesadelos bravos de madrugada. Chego até a levantar da cama às vezes...
  • O transtorno de pesadelos ocorre em pessoas normais e, em 4%, ocorre até uma vez por semana. Não se sabe a origem exata, mas parece ter relações com o estresse vivenciado pela pessoa. Em casos de transtorno de estresse pós-traumático (quadros ansiosos graves que ocorrem após eventos traumáticos como guerras, assassinatos, estupros) vivenciados pela pessoa, é muito comum haver pesadelos em que a pessoa vivencia novamente o evento trágico.

     

    Há também pessoas que tem um transtorno chamado de transtorno de movimentos do sono REM. Neste tipo de alteração, a pessoa tem sonhos e, ao invés do relaxamento dos músculos que deve ocorrer durante os sonhos, ela tem seus músculos funcionando normalmente e, possivelmente, ao mesmo tempo que sonha com movimentos violentos ou potentes, ela os realiza. Neste tipo de situações, ocorre com frequência de as pessoas se machucarem ou machucarem outras.

     

    Finalmente, há o terror noturno, mais comum em crianças, nas quais a pessoa acorda, no meio da noite, num estado de consciência parcial, muito aterrorizada, aos gritos, apresentando com frequência movimentos frenéticos, aumento da frequência cardíaca. Pode estar com olhos abertos e mostrando desespero.

     

    Cada um destes quadros pode ser tratado e existem medicações e terapias específicas para melhorá-los.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Os pesadelos podem estar ligados a questões do inconsciente. Procure um terapeuta para lidar melhor com estes pesadelos, analisá-los mais profundamente e assim chegar a alguma conclusão.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.