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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Quais as medicações boas e eficientes que não tem efeitos colaterais graves e não causam dependência em Psiquiatria?
  • A maioria das medicações psiquiátricas não causa dependência.

    As únicas que têm o potencial de causar dependência são os benzodiazepínicos (BZD), que são os "tarja preta"; as "drogas Z", como o zopiclone e o zolpidem; as anfetaminas, como a lisdexanfetamina e o metilfenidato. Mesmo estas não costumam dar dependência em pessoas com acompanhamento psiquiátrico e quando bem indicadas. É mais provável que causem dependência naquelas que as usem para "dar barato". Assim, o psiquiatra deve evitar prescrevê-las para pessoas que abusem de drogas.

    Não se deve confundir dependência com o fato de que muitos remédios precisam ser usados durante a vida toda. Infelizmente, muitos transtornos psiquiátricos não têm cura, apenas podem ser controlados. Isto não ocorre apenas na Psiquiatria: na Medicina Interna, doenças como a asma, a hipertensão arterial, as doenças reumatológicas também geralmente necessitam de tratamento a vida inteira. Nestes casos, as pessoas são acompanhadas pelo médico e, ao longo do tratamento, podem ser feitas reduções de doses, mas não se recomenda a total suspensão das medicações.

    Já quanto aos efeitos colaterais, pode-se dizer que não existe NENHUMA medicação que não tenha nenhum efeito colateral, pelo menos potencialmente. Mesmo aquele comprimidinho de Aspirina* (ácido acetil-salicílico) que você toma dá aquela azia, lembra? Medicação que não tem efeito colateral nenhum é porque, possivelmente, nem é medicação. Por exemplo, "floral de Bach" não é medicação (mas mesmo ele pode ter efeito colateral, porque pode conter álcool) e muitas medicações homeopáticas também não merecem o rótulo de remédio e nem tem ação comprovada.

    Por outro lado, para que um remédio tenha seu uso justificado, sempre se requer que seus benefícios sejam maiores que os efeitos colaterais. Assim, para doenças graves, justificam-se remédios com efeitos colaterais mais sérios. Mas, a maioria das medicações psiquiátricas, atualmente, tem efeitos colaterais bastante suportáveis que, com acompanhamento psiquiátrico, clínico, nutricional e exercícios físicos adequados não costuma trazer consequências sérias na grande maioria das pessoas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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  • Os antidepressivos não causam dependência, assim como os antipsicóticos. Os remédios mais perigosos neste quesito são os benzodiazepínicos. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria da Infância e Adolescência
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Quando vou entrando no sono sinto choque na cabeça e não consigo dormir.
  • Desculpe, mas sua pergunta não está clara. Se puder repeti-la com mais detalhes, terei o maior prazer em responder.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Faça um exame chamado polissonografia e procure um(a) médico(a) especialista em sono. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
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Gostaria de saber sobre a eletroconvulsoterapia, qual o procedimento para conseguir o tratamento pelo SUS. Obrigada.
  • A eletroconvulsoterapia está indicada para quadros de depressão resistente ou refratária. Sugiro uma avaliação com um(a) psiquiatra para ver se há indicação de ECT. Há pouquíssimos centros que fazem este tipo de procedimento, geralmente é realizado em hospitais escolas.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
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  • Primeiramente, você deve descobrir quais são os serviços que têm este tratamento em sua região. O SUS é regionalizado e é mais fácil conseguir vaga se houver serviços próximos. Geralmente, as assistentes sociais de ambulatórios (UBS, AMA) possuem acesso a listas de serviços que ofereçam determinados tratamentos e, com certeza, mesmo que não tenham, saberão ajudá-la a encontrá-los.

     

    Uma vez sabendo onde há serviço, informe-se sobre os procedimentos do serviço para que seja feita a eletroconvulsoterapia (ECT). Provavelmente você terá de passar com psiquiatra do serviço, para que este(a) possa decidir se, em sua opinião, há indicação para ECT. Se houver indicação, a pessoa que vai ser submetida a ECT precisa fazer uma série de exames, também necessários para a liberação.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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  • Desconheço aqui em Bauru algum local que aplique ECT. De qualquer forma, precisa antes ser avaliado por um médico psiquiatra.

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Minha filha tem ansiedade, tomava tarja preta. Muda de uma hora pra outra, fica muita agressiva, com palavras duras demais. Agora que está grávida ficou difícil lidar com ela. Gostaria de saber se ela poderia voltar a tomar medicamentos tarja preta.
  • 'Tarja preta" não são a primeira escolha para o tratamento da ansiedade. A gestação é um estado fisiológico que vem acompanhado de alterações de humor secundárias às mudanças hormonais que acontecem nesse período, piorando os sintomas pré-existentes. Sugiro procurar um especialista para reavaliar a medicação, hoje em dia a Sertralina e o Escitalopram são os medicamentos usados na gestação.

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  • Não. Durante a gravidez não se pode tomar nenhum remédio tarja preta, não é seguro para o bebê. Sugiro que você a leve para uma consulta psiquiátrica. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • As medicações "tarja preta" são do grupo dos benzodiazepínicos, cuja indicação é no controle da ansiedade e da insônia. Seu uso por mais que duas semanas (insônia) a quatro semanas (ansiedade) é desaconselhado, por risco de efeitos colaterais sérios sobre coordenação motora e memória. Seu uso na gravidez é contraindicado, por possibilidade de malformações no embrião e depressão comportamental no feto e no recém-nascido.

    Há medicações mais seguras, na gravidez mas, sobretudo, se sua filha está apresentando problemas comportamentais, deve ser avaliada por psiquiatra. E também você pode procurar orientação psicológica sobre como lidar com ela. Um(a) profissional saberá ajudar você a enfrentar melhor a agressividade dela.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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BOM DIA! TENHO UM FILHO, HÁ 5 ANOS UM MÉDICO DIAGNOSTICOU QUE ELE TEM DEPRESSÃO PROFUNDA, SEGUINDO PSICÓTICO. DE UM TEMPO PRA CÁ, SE RECUSA A USAR MEDICAMENTO, NÃO ACEITA A IDEIA DE QUE PRECISA TOMAR OS MEDICAMENTOS, ÀS VEZES PASSA A NOITE ACORDADO.
  • Devido à gravidade do quadro, sugiro uma avaliação psiquiátrica com urgência para avaliação de risco suicida e otimização do tratamento. Internação involuntária pode ser necessária em caso que precisa de tratamento, frente à gravidade do quadro. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • O transtorno depressivo maior psicótico (se for o caso de seu filho) é um problema grave e necessita sempre de tratamento medicamentoso. Ele caracteriza-se pela presença de graves sintomas depressivos e uma perda do vínculo com a realidade, caracterizado por alucinações, delírios ou comportamento grosseiramente desorganizado.

    Entretanto, do ponto de vista ético e legal, um paciente que não esteja gravemente comprometido em relação à sua capacidade de tomar decisões, não pode ser obrigado a tomar remédios, mesmo que isto signifique riscos em médio prazo. A família, entretanto, pode insistir na necessidade da medicação e sugiro procurar orientação com psicólogo ou psiquiatra sobre como seria possível convencer seu filho a tomar as medicações.

    Se houver um grande comprometimento da capacidade de tomar decisões, que apenas um psiquiatra consegue avaliar, há possibilidade de a pessoa ser submetida a tratamento involuntário, geralmente em regime de internação, pelo tempo necessário para recuperar sua capacidade decisória.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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