Psiquiatria - Perguntas respondidas
-
A depressão possui sintomas como: tristeza e desânimo a maior parte do tempo (por vezes, é uma emoção diferente da tristeza, mas igualmente negativa, a que chamamos, literalmente, de "humor depressivo"); alterações de sono (para mais ou para menos); alterações de apetite (para mais ou para menos); dificuldades de concentração; diminuição do desejo sexual; ideias depressivas (lembrar muito de coisas ruins que ocorreram, pessimismo exagerado em relação ao futuro, sentimentos de culpa exagerados); estas ideias depressivas podem, eventualmente, envolver ideias de morrer ou mesmo suicídio; incapacidade de sentir prazer naquelas atividades que anteriormente eram prazerosas.
Nem todos estes sintomas precisam estar presentes ao mesmo tempo e há casos mais e menos graves.
Alguns problemas físicos (como alterações hormonais, por exemplo) também podem dar excesso de sono e desânimo.
Deve haver uma avaliação por psiquiatra para saber se se trata de uma doença física ou de uma depressão. -
Você citou dois sintomas que podem compor um quadro depressivo: a hipersonia (aumento do sono) e a adinamia (letargia). É preciso investigar outras alterações como perda do prazer, alterações de apetite e libido, tristeza, irritabilidade, choro imotivado. Portanto, procure um psiquiatra assim que possível, antes que essa situação comece a trazer prejuízos nas diversas áreas da vida (afetiva, profissional, acadêmica, etc).
-
Comer exageradamente pode ter várias causas: ansiedade, alguns casos de depressão, alterações hormonais, insônia. Por outro lado, existem pessoas que não apresentam nenhum dos quadros acima e, mesmo assim, comem de modo exagerado e, frequentemente, em "farras" alimentares: períodos relativamente curtos em que ingerem grandes quantidades de comida (mesmo sem fome).
Independente da causa você precisa de uma avaliação profissional, pois o problema pode agravar-se e, com tratamento adequado, deve haver melhoras ou até cura.
-
As dores de cabeça podem ser causadas pela ansiedade, pelo fato de esta levar a contrações musculares na região da cabeça, pescoço ou ombros; a ansiedade pode também desencadear uma enxaqueca, que é uma dor de cabeça de características pulsáteis (ou seja, a pessoa sente a cabeça latejando).
Se você sente sono o dia inteiro, é possível que, apesar de achar que dormiu bem, esteja ocorrendo algo anormal durante seu sono: por exemplo, pessoas que possuem obstruções respiratórias, muitas vezes têm episódios de sono superficial, durante a noite, e que não são percebidas. Isto pode levar à sonolência diurna. Este tipo de alteração pode ser detectada num exame chamado de polissonografia, que é feito durante uma noite inteira e detecta o ritmo cardíaco, a oxigenação do sangue, os movimentos dos olhos, a contração dos músculos e as ondas da atividade cerebral. A ansiedade também pode tornar o sono menos recuperador.
De toda forma, você deve fazer uma avaliação psiquiátrica e tratar a ansiedade. Se, por acaso, a dor de cabeça tiver outra origem, talvez o psiquiatra faça um encaminhamento para um neurologista. Da mesma forma se, na avaliação, houver uma suspeita de que sua insônia não resulta diretamente da ansiedade, o psiquiatra fará um encaminhamento para um especialista em sono. -
É muito comum, em pessoas com traços de personalidade ansiosa, como parece ser o seu caso, que em algum momento da vida, principalmente associado à uma situação de estresse, esse quadro evolua para um transtorno de ansiedade pleno, com preocupação excessiva, insônia, tensão muscular e outros sintomas físicos (cefaleia, palpitações, tremores, dor de estômago, entre outros). Procure um psiquiatra para que ele possa avaliar a melhor maneira de lhe ajudar com estes sintomas!
-
O psiquiatra é o profissional que tem o treinamento mais específico para avaliar os transtornos do humor, então no caso do seu marido seria sim o melhor indicado!
-
As pessoas podem ter alterações de humor frequentes por vários motivos: é possível que ele esteja apenas passando por situações estressantes que o deixem, por vezes, mais irritado ou triste. Por outro lado, uma série de quadros psiquiátricos, que vão da depressão e da ansiedade grave até o transtorno bipolar e a doença de Alzheimer podem levar a oscilações frequentes do humor.
Assim, deve ser feita uma avaliação psiquiátrica para que se saiba qual a possível causa das oscilações.
-
A frustração do término de um relacionamento pode gerar raiva que, em casos extremos, pode chegar ao ponto do ódio. Isto é humanamente compreensível.
O maior problema é se as ideias saírem do campo da fantasia e se transformarem em planos homicidas, o que geralmente não ocorre.
Entretanto, independente de você executar suas fantasias ou não, este tipo de pensamentos lhe deve trazer muito sofrimento, o que é um problema por si só.
Assim, você deve procurar um psiquiatra, para avaliar seu quadro. Por vezes, este tipo de situação desencadeia quadros depressivos ou ansiedade grave, que melhoram com medicação. Nestes casos, pode acontecer que este ódio melhore, com o tratamento, pois pessoas deprimidas ou excessivamente ansiosas frequentemente se irritam com mais facilidade.
Muito importante você fazer uma psicoterapia, de modo que possa entender melhor o que ocorre com você e seu próprio funcionamento, além de ter uma maior compreensão de como você se relaciona com o mundo. Isto possibilitará que, no futuro, você lide melhor com seus namoros e um eventual rompimento deles.


