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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Preciso parar de fumar, às vezes tenho vontade de parar e às vezes nao. O que devo fazer para querer e parar?
  • Primeiro você precisa trabalhar qual a motivação para parar de fumar, sem motivação o trabalho conjunto com psicólogo ou psiquiatra não funciona. Procure ajuda profissional para parar de fumar.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • É comum, em pessoas que usam drogas (a nicotina é uma droga, do ponto de vista médico) ficarem neste processo que chamamos de "ambivalência": há momentos em que a pessoa fica com medo dos malefícios e, noutros, ela não pensa nisto, prefere pensar no que o cigarro tem de bom ou mesmo fica dizendo para si mesma - "mais para a frente eu paro, por enquanto não".

    Existe um conjunto de técnicas usado para tentar melhorar a motivação da pessoa - ele tem o nome de "entrevista motivacional".

    Exemplos de exercícios de técnicas motivacionais:

    Anote de um lado de uma folha de papel todos os pontos positivos de você fumar (como, por exemplo, enfrentar o tédio, ficar mais acordado, etc.) e, do outro lado da folha, anote todos os aspectos negativos (risco de saúde, mau hálito, envelhecimento da pele, etc). Em seguida, leia tudo e decida o que pesa mais para você - os pontos positivos ou os negativos?

    Pare e pense: fumar interfere nos objetivos que você tem para sua vida? Por quê?

    Fumar interfere nas suas relações familiares e pessoais?

    Ao longo de algumas sessões com técnicas motivacionais, frequentemente as pessoas se tornam mais interessadas em parar e oscilam menos entre o "querer" e o "não querer".

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
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Passo mal toda vez em que ouço alguém relatando uma doença ou relatando que sofreu algum machucado por mais simples que seja. Isso esta me atrapalhando,pois desmaio em qualquer lugar em questão de minutos..é constrangedor.Qual médico devo procurar ?
  • Algumas pessoas podem ter um nível muito elevado de aversão e ansiedade ao serem expostas a ferimentos ou mesmo ouvirem falar deles. Em alguns casos, pode haver uma reação em que a pessoa se sente tonta e perde o equilíbrio. Este tipo de fobia de ferimentos pode ser tratado por psiquiatras e psicólogos com experiência no tratamento de fobias. A terapia comportamental e a terapia comportamental-cognitiva costumam ser muito eficazes para combater este tipo de problema.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Procure um psiquiatra, pode ser um quadro de ansiedade ou hipocondria.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Faço tratamento há 10 anos para ansiedade e tomo venlafaxina - tenho observado que meus sonhos são cada vez mais tumultuados, agitados, pode ser do medicamento? Não está na hora de medic. mais suave ou algo mais recente que não acarrete dependência?
  • Venlafaxina não causa dependência e é um ótimo remédio para ansiedade. Fale com seu médico sobre ajuste da dose ou troca da medicação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • A venlafaxina é uma boa medicação para transtornos de ansiedade.

     

    Por vezes, este tipo de mediações (inibidores seletivos de recaptação de serotonina - ou "ISRS") causam sonhos vívidos e pesadelos, no início do tratamento. Estes efeitos colaterais tendem a passar com o uso, assim não seria de se esperar que piorassem, como é seu caso (a não ser que tenha havido um aumento recente da dose). Seria necessário verificar se existe algum outro problema de sono associado que poderia explicar o porquê de você estar tendo estes sonhos.

     

    A venlafaxina não causa dependência, porque substâncias que causam dependência são aquelas que dão "barato" (geralmente sensação de prazer imediato) e a pessoa, ao longo do tempo, frequentemente sente necessidade de aumentar a dose e/ou a frequência de uso. A venlafaxina as pessoas conseguem parar de usar com facilidade, apenas que a dose deve ser diminuída lentamente, para a pessoa não se sentir mal.

     

    A venlafaxina, em doses baixas, é um remédio que pode ser considerado "suave", com poucos efeitos colaterais e bom perfil de segurança. Existem várias opções de tratamento diferentes da venlafaxina, com eficiência semelhante, mas não existem medicações mais modernas e que sejam mais eficientes que a venlafaxina. Depende de cada pessoa e seu psiquiatra deve estar capacitado a fazer escolhas entre os diversos tratamentos.

     

    Por favor, não faça nenhuma mudança em relação ao remédio sem falar com seu psiquiatra.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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ESTOU COM PÂNICO, MEDO DE DIRIGIR. SE EU TOMAR REMÉDIO VOU ME CURAR?
  • Algumas pessoas têm medos exagerados de algumas situações na vida como, por exemplo, alturas, locais fechados ou, no seu caso, dirigir.

     

    Dirigir realmente apresenta alguns riscos mas, para a maioria das pessoas que dirigem, isto representa uma ameaça com a qual conseguem lidar simplesmente dirigindo de modo cauteloso.

     

    Quando ocorrem estes medos exagerados, fala-se em "fobias". No seu caso, é uma fobia de dirigir.

     

    Muitas vezes, estas fobias aparecem no contexto de uma depressão ou transtorno de ansiedade generalizada e, nestes casos, o uso de uma medicação (geralmente, um inibidor de recaptação de serotonina) pode ajudar a melhorar o problema.

     

    Entretanto, em outros casos, a fobia ocorre sem que haja sintomas de depressão ou outros sintomas de ansiedade ou também pode acontecer que a depressão e a ansiedade sejam tratadas, mas a fobia continue.

     

    Nestes casos, usam-se técnicas baseadas na terapia comportamental, geralmente envolvendo exercícios em que a pessoa se acostume (ou reacostume), progressivamente, a dirigir.

     

    A terapia para a fobia de dirigir pode ser feita por psiquiatras ou psicólogos experientes neste tipo de tratamento e mesmo algumas escolas de condutores possuem cursos para pessoas que têm um medo exagerado.

     

    É importante que não tente controlar sua fobia com tranquilizantes benzodiazepínicos (aqueles que têm embalagem com faixa preta), pois eles não tratam o problema, podem dar problemas de memória e de incoordenação motora além de, em alguns casos, causarem dependência.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Sim! A resposta ao uso de antidepressivos em doses baixas é excelente no caso do Transtorno do pânico e outros quadros ansiosos.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Há seis meses estou tomando escitalopram, zolpidem e alprazolam e continuo tendo crises de ansiedade e pânico, muito enjoo. De uns dias para cá, sinto tremedeira nas pernas e muita dor de cabeça. Luto para não tomar o alprazolam, mas não consigo.
  • As crises de pânico se caracterizam por sensação súbita de medo, desespero ou angústia (muitas vezes, a pessoa sente que vai morrer), acompanhados de sintomas como falta de ar, tontura, vista embaçada, tremores, suor, palpitações no peito, sensações desagradáveis na barriga, formigamento, sensação de estar andando sobre nuvens ou outros sintomas físicos.

    Quando estas crises aparecem com uma frequência grande, elas são diagnosticadas como transtorno de pânico e, frequentemente, são tratadas com medicações.

    As principais medicações para o tratamento do pânico são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, dos quais o escitalopram é um exemplo.

    Em casos mais graves, principalmente no início do tratamento, usam-se algumas medicações do grupo dos benzodiazepínicos como, por exemplo, o alprazolam.

    A vantagem dos benzodiazepínicos é que eles trazem um alívio rápido das crises, enquanto medicações como o escitalopram podem demorar semanas para agir adequadamente. A desvantagem dos benzodiazepínicos é que podem causar problemas de coordenação motora e memória. Os problemas de memória podem ser tão mais graves quanto maior a dose e maior o tempo de uso. Em pessoas acima dos 60 anos, também, devem ser evitados, sempre que possível, pois podem causar quedas. Os benzodiazepínicos devem ser evitados, sempre que possível e, quando necessários, de modo geral, devem ser usados por apenas algumas semanas. Apenas em casos muito graves de pânico, nos quais toda a outra gama de medicações disponíveis não tenha funcionado é que se justifica o tratamento, a longo prazo, com medicações do tipo alprazolam.

    Em relação ao zolpidem, trata-se de uma medicação criada para o tratamento de quadros de insônia e, em princípio, não tem nenhuma indicação no tratamento do pânico, em si. Ele tem efeitos colaterais semelhantes aos benzodiazepínicos, incluindo problemas de memória. Assim, também, sempre que possível, deve ser evitado e se deve tratar a insônia com outras medidas como, por exemplo, a higiene do sono.

    O enjoo, a tremedeira nas pernas e a dor de cabeça, se estão ocorrendo dentro das suas crises de pânico, são parte delas, pois as crises de pânico incluem vários sintomas físicos. Neste caso, deve falar com seu psiquiatra para verificar se as doses de medicação que toma estão sendo adequadas, se você já tomou por tempo suficiente para sentir seu efeito ou se elas devem ser substituídas por outras medicações.

    Se os sintomas de enjoo, tremedeira e dor de cabeça estiverem ocorrendo fora das crises, podem ter muitas causas, desde uma ansiedade excessiva até causas clínicas que podem requerer a avaliação de um clínico geral.

    Em relação à sua dificuldade de parar o alprazolam, é uma situação frequente: um dos aspectos negativos das medicações da família do alprazolam (veja meus comentários acima) é que é difícil de parar de tomá-las, em muitos casos. Este problema tem duas soluções:

    1 - primeiramente, é necessário que suas crises de pânico estejam totalmente ou quase totalmente controladas através de um tratamento adequado com outro tipo de medicação como, por exemplo, o próprio escitalopram;

    2 - quando você estiver controlado(a) ou quase controlado(a) das crises de pânico, o alprazolam pode ser diminuído bem lentamente, pelo médico; a velocidade de diminuição deve ser a máxima que o(a) paciente suporte com frequente; por vezes, a gente demora meses para conseguir retirar a medicação; o importante é sempre diminuir um pouco e, uma vez que tenha sido feita a diminuição, não retornar à dose anterior - é melhor retirar bem devagarinho e sempre.

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  • Procure seu psiquiatra para ajuste da dose das medicações. O tratamento medicamentoso está correto. Procure também um psicoterapeuta comportamental.

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